quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nunca a realidade foi tão engraçada...

Fui ao cinema ver a estréia de "Última Parada 174" e fiquei chocada com o que vi. Não pelo que vi no filme, pois já esperava pelo conteúdo - além de ter acompanhado o trágico espisódio pelos jornais, vi também o documentário (diga-se de passagem, bem melhor q o filme). O que me deixou perplexa e confusa foram as risadas de alguns "seres do pântano", (pra não chamar de outra coisa) que estavam na platéia. Custou acreditar que as cenas fortes, que mostravam a realidade nua e crua da violência no país pudessem provocar tantas gargalhadas naquelas criaturas.

Como podem rir assim da desgraça dos outros? Riam como se aquilo tudo fosse ficção. Se bem que, para os que vivem na "Ilha da Fantasia" chamada Brasília, tudo isso não passa de ficção mesmo - é uma realidade bem distante da nossa aqui. O perfil dos que achavam graça de tudo? Vou descrevê-los: algumas mulheres acompanhadas do marido/namorado em seus carrões do tipo "C4 Palace", Corolla, entre outros, cobertas de grife, silicones e cirurgias plásticas por todo o corpo (vamos dá um desconto - mulheres assim não têm neurônios, é cobrar muito delas!).

E os manés? Ah, os manés... Estavam ótimos, verbalizando pensamentos do tipo: nossa que nega maravilhosa (a atriz que fazia a prostituta e namorada do Sandro). Em nenhum momento conseguiam recobrar a consciência e acordar para os fatos.

O filme foi baseado no documentário e tentou ser fiel à história o quanto pode, apesar de em certos momentos transformar o Sandro em um personagem fictício. Creio que a intenção do longa metragem é a de provocar discussões e debates sobre a violência urbana, a má distribuição de renda, enfim...

Enquanto assistia, a única coisa que conseguia sentir era indignação, vontade de mudar o mundo e exterminar terríveis criaturas do Planeta.

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